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Novas variedades para o setor sucroalcooleiro

25/10/2009
O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) lançou e liberou para o plantio esta semana, em Maringá, duas novas variedades de cana-de-açúcar. Juntas, a CTC19 e CTC20 formam a quinta geração da marca CTC. As variedades contam com alto teor de sacarose, resistência a doenças e adaptação à colheita mecanizada. A produtividade das novas cultivares varia de 10% a 20% a mais do que a média padrão e pode chegar a 40% em algumas regiões do País. Para Osmar Figueiredo, diretor de mercado do CTC, os destaques dessas variedades são a melhor produtividade e a resistência às doenças. ‘‘Estamos observando um incremento de 2% na quantidade de açúcar ao ano a cada nova variedade que colocamos no mercado’’, pontua. Segundo ele, a CTC19 e a CTC20 foram desenvolvidas com base em critérios edafoclimáticos, que considera várias combinações entre solo e clima encontradas nos diferentes ambientes de produção em todo o Brasil. Figueiredo cita que as novas variedades são ótimas opções para produtores do Paraná. Nos solos e climas do Estado, por exemplo, a produtividade pode chegar a 20%. Mas no estado de São Paulo, contudo, principalmente na região de Ribeirão Preto, o volume de quantidade de açúcar dessas cultivares pode alcançar um índice 40% a mais do que o padrão. ‘‘Isso acontece porque ela foi adaptada melhor àquele clima’’, define. Por isso que, antes de irem para o mercado e serem aplicadas em grande escala, elas são plantadas em pequenas áreas para uma primeira análise. Entre as características agronômicas e tecnológicas, a CTC19 apresenta alto teor de sacarose e alta produtividade agrícola, as soqueiras apresentam boa brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua. Conta com Período de Utilização Industrial (PUI) longo e o teor de fibra é baixo, sendo recomendada para colheita do meio ao final da safra. A CTC20 também se destaca pela boa produtividade e teor de sacarose, PUI longo, sendo recomendada para colheita durante toda a safra. Pode ser cultivada, também, no sistema de cana de ano e é bastante responsiva, conta com excelente adaptação aos ambientes de alto potencial de produção. Ambas são altamente resistentes à ferrugem e ao amarelecimento e reação intermediária ao mosaico e à broca Diatraea. As novas variedades, assim como todas as outras desenvolvidas pelo CTC, são disponibilizadas aos associados do órgão. No Paraná são 12 usinas associadas. No País, 182 associados entre usinas e associações de fornecedores. A expectativa do CTC é de que no Estado cada variedade seja plantada em torno de 10% a 15% do canavial. O diretor de mercado explica que as variedades são resultado de melhoramentos genéticos convencionais. Figueiredo observa ainda que desde o cruzamento até o lançamento de uma única variedade, as pequisas levam de 8 a 10 anos. Além de colocar no mercado novas cultivares, o CTC também desenvolve ferramentas tecnológicas para auxiliar os parceiros em toda a cadeia produtiva. Em 2008, o órgão investiu R$ 40 milhões em pesquisas.


Erika Zanon
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