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16/10/2009
A recuperação econômica na Índia e na China dará suporte para o preço dos grãos, mas sem aumentar a inflação, nos próximos 18 meses, de acordo com J.B. Penn, economista chefe da Deere & Co. (John Deere), a maior fabricante de maquinários agrícolas do mundo. “Com a recuperação global da economia, nós veremos a demanda se aquecer novamente”. A recuperação econômica do Brasil e dos Estados Unidos também será benéfica para os agricultores, segundo Penn, que se pronunciou na conferência sobre a fome no mundo, realizada ontem em Des Moines, EUA. “A queda nos preços do milho, da soja e do trigo, vindo de preços recordes no ano passado, representa um ‘rebalanceamento’ dos custos das commodities que está definindo os fundamentos para o crescimento”, afirmou Penn, que já foi vice-secretário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os negócios da John Deere foram prejudicados pela queda na demanda por maquinários, com a redução dos preços dos grãos. A empresa informou no dia 29 de setembro que seus lucros devem cair e serão insuficientes para atingir a previsão de US$ 1,1 bilhões para o ano, devido a um prejuízo de US$ 300 milhões, causado por falta de pagamentos. Os lucros do ano anterior foram de US$ 2,05 bilhões. A John Deere, baseada em Illinois, ganhou 15% este ano na Bolsa de Nova Iorque, depois de perder 59% em 2008. Planos de expansão A empresa John Deere está planejando a expansão de seus negócios na Ásia, África e em todos os países em desenvolvimento para aquecer suas vendas de produtos demandados por cada região, informou Samuel Allen, chefe executivo da empresa. Entre 2006 e 2008, o lucro da Deere cresceu seis vezes mais rápido nas regiões fora dos EUA e do Canadá. “A América do norte continuará sendo um mercado importante, enquanto tratores menores e outros equipamentos são mais demandados por fazendas nos países em desenvolvimento”, informou Allen. O crescimento fora dos EUA também será necessário para atender a demanda por alimentos. De acordo com a ONU, a demanda deve crescer 70% até 2050. O número de pessoas famintas e subnutridas chegou a 1,02 bilhão, informou esta semana a FAO, braço da ONU para agricultura e alimentos. De acordo com o relatório, o aquecimento global estaria contribuindo para a falta de água disponível e para a degradação do solo, enquanto a pesca com redes e o uso de grãos para a produção de biocombustíveis terá efeito na disponibilidade de alimentos. Ajuda para a agricultura As pessoas mais pobres gastam metade de sua renda em comida, de acordo com o Banco Mundial. O G8 - grupo das oito nações desenvolvidas - prometeu investir mais de US$ 12 bilhões em três anos na agricultura, para fazer com que agricultores mais pobres sejam mais produtivos. A promessa foi reiterada na reunião do G20, realizada em Pittsbourgh, no mês passado. Fernanda Bellei As informações são da agência de notícias Bloomberg
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