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Pecuária

14/10/2009
A palavra pecuária vem do latim pecus, que significa cabeça de gado. A pecuária corresponde a qualquer atividade ligada a criação de gado. Portanto, fazem parte da pecuária a criação de bois, porcos, aves, cavalos, ovelhas, coelhos, búfalos, etc. A pecuária ocorre, geralmente, na zona rural e é destinada a produção de alimentos, tais como, carne, leite, couro, lã, etc. Existem dois tipos de pecuária, a de corte, destinada à criação de rebanhos com objetivo de produção de carne para o consumo humano; e a leiteira, destinada à produção de leite e seus derivados. Atualmente, técnicas de inseminação artificial e clonagem tem sido aplicadas na pecuária, gerando excelentes resultados na qualidade e na produção de carne, leite e seus derivados. Resgate de raças nativas O Projeto Agrofuturo tem o objetivo de desenvolver ações e atividades para melhorar a competitividade, eficiência e equidade do setor agropecuário brasileiro. Para isso, promove a transferência de conhecimentos e tecnologias. Prevê o fortalecimento das ações de pesquisa e desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em temas estratégicos e de sua infra-estrutura física, laboratorial e de informação. Em 2006, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a Embrapa, com a chancela da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e financiamento do Governo Brasileiro e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assinaram um projeto de cooperação técnica que contrata e assiste consultores nacionais e estrangeiros implicados com diferentes demandas do Agrofuturo. Na fazenda experimental Octávio Domingues, cidade de São João do Piauí, a Embrapa vem desenvolvendo ações para a preservação do gado da raça bovina Pé-duro. “O rebanho é de estrema importância para o Brasil porque é a única raça que sobrevive às condições do semi-árido: temperaturas acima de 40 graus, falta de chuva, alimentação grosseira. Outro animal não sobreviveria aqui. Esses animais foram selecionados pelo meio ambiente há mais de 400 anos”, explica Geraldo Magela Côrtes Carvalho pesquisador da Embrapa e curador do rebanho. A unidade dispõe de um rebanho de cerca de 300 animais. Em 1995, o pesquisador José Herculano de Carvalho iniciou o trabalho com o Gado Pé-duro da Embrapa Meio-norte. Até então, o rebanho havia sido apenas preservado e não avaliado. Segundo Magela, “a chegada de um consultor com visão internacional e experiência ampla no tema tem impulsionado os trabalhos realizados na unidade”. “Com a consultoria internacional, mediada pelo IICA, estamos catalogando os dados que estavam guardados e realizando novas pesquisas: avaliação da raça, padrão racial, resistência a parasitas, verminose e avaliação da carcaça”, conta Censo O rebanho bovino brasileiro era de 171,6 milhões de cabeças em dezembro de 2006; um crescimento de 12,1% em relação ao censo de 1996. Havia 2.673.176 estabelecimentos com bovinos em dezembro/06, sendo que foram contados 534.630 estabelecimentos que possuíam mais de 50 cabeças, totalizando 138,5 milhões destes animais (80,7% do rebanho total). O maior rebanho bovino encontrava-se em Mato Grosso do Sul (20,4 milhões de cabeças), seguido por Minas Gerais (19,9 milhões) e Mato Grosso (19,8 milhões). O Pará foi o estado que apresentou o maior crescimento relativo do rebanho bovino no período 1996-2006 (119,6%), e o Rio Grande do Sul a maior redução (-15,4%). Na Região Norte, Amapá foi o único que apresentou redução do efetivo bovino e, no Nordeste, apenas do Maranhão e da Bahia não registram queda, onde estão os dois maiores rebanhos da Região. A média do Nordeste só foi positiva graças ao aumento de 44,3% no rebanho do Maranhão, que cresceu 1,7 milhão de cabeças nestes dez anos. Os maiores aumentos dos efetivos bovinos entre os censos foram nas Regiões Norte (81,4%) e Centro-Oeste (13,3%). As reduções do número de estabelecimentos com bovinos e dos rebanhos do Sul e do Sudeste mostram que a bovinocultura deslocou-se do Sul para o Norte do país, destacando-se, no período, o crescimento dos rebanhos do Pará, Rondônia, Acre e Mato Grosso. Nestes três estados da região Norte, o rebanho mais que dobrou, enquanto que em Mato Grosso o aumento foi de 37,2%. O crescimento do rebanho bovino nacional ocorreu simultaneamente com a redução da área de pastagens (-10,7%) dos estabelecimentos agropecuários, indicando um aumento de produtividade das pastagens. A taxa de lotação em 1996 era de 0,86 animais/ha e foi de 1,08 animais/ha em 2006, acentuando-se a tendência de aumento da taxa de lotação observada entre os censos. Do efetivo de 138,5 milhões de animais em estabelecimentos com mais de 50 cabeças, a principal finalidade da criação é corte (80,9% ou 112,0 milhões de animais), seguida da finalidade leite (16,3% ou 22,6 milhões de cabeças). Os estabelecimentos agropecuários com pelo menos 500 hectares de pastagens detinham 46,2% do rebanho de 138,5 milhões de animais. O total de animais vendidos declarados pelos estabelecimentos agropecuários foi de 34,6 milhões de cabeças. As informações são de assessoria de imprensa.
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