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Estudo aponta necessidade de registro de herbicidas

13/10/2009
Estudo aponta necessidade de registro de herbicidas em sistemas de ILP O manejo de herbicidas no sistema de integração lavoura-pecuária com o objetivo de inibir o crescimento temporário de espécies forrageiras e permitir o desenvolvimento de culturas anuais, seja o milho, a soja ou o sorgo, ainda não se fundamenta em modalidades específicas de registro no Brasil. O alerta é do pesquisador Maurílio Fernandes de Oliveira, da área de Desenvolvimento de Sistemas de Produção da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), e foi publicado na Circular Técnica nº 110 (acesse link ao final da matéria). No país, o registro de herbicidas é regulamentado pelo Ibama, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Agência Nacional de Vigilância Sanitária e obedece a critérios rígidos para a aprovação do seu uso. No entanto, não há modalidade de registro do uso de subdosagens de herbicidas nos órgãos de regulamentação, mais especificamente em sistemas de integração lavoura-pecuária com objetivo de inibição de crescimento temporário de plantas. "Vale ressaltar também que trabalhos recentes têm indicado a necessidade de aplicação de misturas de herbicidas no sistema de cultivo integrado entre cultura e forrageira. No entanto, essas misturas também não estão disponíveis comercialmente, portanto, não apresentam uso regulamentado pelos órgãos competentes", salienta o pesquisador. Segundo ele, o manejo de herbicidas no consórcio lavoura-pecuária passa a representar uma das etapas mais importantes, “pois dele vai depender a produtividade tanto da lavoura quanto da pastagem que vai se formar”, destaca Oliveira. Os herbicidas mais utilizados para dessecação são aqueles à base de glifosato, sendo que, em alguns casos, produtores utilizam a mistura glifosato e 2,4-D para infestação de plantas daninhas de folhas largas na área e quando há plantas tolerantes ao primeiro herbicida. O pesquisador afirma que as doses variam em função das espécies que serão dessecadas – forrageiras e infestantes – do estágio de crescimento das plantas e da intensidade de infestação. Em relação às misturas de herbicidas, Maurílio Oliveira diz que o procedimento apresentou-se seletivo ao milho e se mostrou eficiente tanto para o controle de plantas daninhas quanto para inibir temporariamente o crescimento das espécies forrageiras em áreas consorciadas com o cereal. “Outra opção estudada foi a mistura entre atrazina e uma subdose de graminicida e latifolicida”, explica. “Estudamos combinações de misturas e suas respectivas dosagens, mas vale reforçar que algumas misturas, como a atrazina mais nicosulfuron, por exemplo, a mais utilizada no sistema milho atualmente, não está disponível comercialmente para a cultura do milho”, completa. A mistura citada, segundo o pesquisador, tem sua eficiência comprovada para a cultura do milho e apresenta seletividade para forrageiras do gênero Brachiaria spp. “É urgente a regulamentação do registro dessas misturas no país, além da necessidade constante do uso de equipamentos de proteção no manuseio e no momento da aplicação dos produtos”, reforça o pesquisador. O tema foi publicado na Circular Técnica 110, de dezembro de 2008, e está disponível em http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2008/circular/Circ_110.pdf . A autoria é de pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), Universidade Estadual de Maringá e de um bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). As informações são do Informativo da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) - Ano 03 - Edição 18 - Outubro de 2009.
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