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Produção Orgãnica

10/10/2009
Orgânicos: a qualificação é o caminho Mercado consumidor em ascensão, boa remuneração e menores riscos na condução da lavoura tem despertado o interesse de centenas de produtores paranaenses para a produção de orgânicos. As dificuldades de cultivo e a colheita de produtos de aparência mirrada ao poucos deixam de ser características da produção, e hoje os agricultores já tiram da horta verduras e legumes vistosos. Produtores de orgânicos hoje já pensam em aumentar a produção e obter certificação para atender o potencial de mercado. De acordo com a Emater, o consumo de produtos orgânicos tem uma expansão anual de 30%. No Estado, o mercado responde por 15 mil empregos diretos no campo, gerados pelos 5.300 produtores familiares que atuam no segmento. O número coloca do Paraná como o Estado com maior número de produtores de orgânicos no País. Um dos caminhos para alcançar os ganhos da produção orgânica é a qualificação. Os agricultores que já se dedicam ao sistema ou mesmo aqueles que têm interesse e potencial para os orgânicos recebem atenção da assistência técnica, universidades e centros de pesquisa. Na região de Londrina, um grupo de 12 agricultores teve uma jornada sobre o assunto na semana passada. No Curso Básico de Olericultura Orgânica os produtores assistiram à exposição sobre o assunto e participaram de aula prática sobre o preparo de caldas e biofertilizantes orgânicos em propriedades da região, visitaram o campo experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) de cultivo de adubos verdes e ainda uma propriedade modelo em horticultura orgânica em Ibiporã. ''É uma atividade do processo de inserção dos produtores na agroecologia '', diz Nilson Ladeia, agrônomo da Emater, coordenador do evento, organizado também pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR), departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com apoio do Iapar, Secretaria Municipal de Agricultura e Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A família Palma, de Jaguapitã, teve um bom motivo para se dedicar ao cultivo de orgânico. Um dos filhos de Maria Luiza e Elias ficou doente e não podia se alimentar com produtos convencionais. ''Ele tinha problemas no estômago e não aceitava esses alimentos'', conta Maria Luiza. A solução foi plantar na propriedade de 3 alqueires tudo o que a família consumia e hoje os Palma colhem hortaliças, abobrinha, milho verde e mandioca cultivados sem nenhum produto químico. A produção é comercializada em feiras. Apesar de sempre ter optado pela produção orgânica nos 6 mil metros de sua chácara em Londrina, Jorge Oliveira de Paula afirma que os produtores, principalmente os pequenos, devem ter mais incentivo. ''É preciso divulgação, as pessoas têm que ter informação sobre as vantagens dos orgânicos'', diz. Como muitos agricultores, Paula comercializa os produtos como convencionais, porque não tem certificação de orgânicos. ''A certificação é muito cara e inviável para os pequenos'', afirma.


Raquel de Carvalho
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