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Opinião: O momento do agronegócio

30/11/2012
Por Luiz Fernando Mainardi As missões que fizemos com o governador a Cuba e com a direção da Expodireto Cotrijal ao Japão e Dubai neste mês de novembro fortaleceram a certeza do potencial do agronegócio gaúcho no comércio internacional e da enorme responsabilidade que temos, enquanto gestores públicos, de preparar as condições para que ocupemos melhores e mais amplos espaços nesses atraentes mercados. Além de nos capacitar para suprir parte da demanda por alimentos motivada pelo aumento da população global, previsto pela FAO em mais de dois bilhões de pessoas até 2050, temos que produzir com mais qualidade para que nossos produtos tenham uma melhor remuneração. A política internacional inaugurada pelo ex-presidente Lula e mantida pela presidenta Dilma, de privilegiar as relações sul-sul, nos aproximam, de forma privilegiada, de países como Cuba e China. O primeiro, que pode vir a ser nossa porta de entrada para o Caribe, é uma grande possibilidade de negócios para indústria metalmecânica do Rio Grande do Sul. Já a China, nosso maior parceiro comercial e segunda maior economia do mundo, em razão das transformações por que passa, é um caso muito especial. O país quintuplicou seu PIB nos últimos 20 anos e, depois de um período dedicado a investimentos pesados em infraestrutura, volta-se, agora, ao fomento do mercado interno. O planejamento das autoridades chinesas prevê a ascensão de pelo menos 520 milhões de pessoas à classe média, o que impactará as importações de alimentos. Estima-se um crescimento da ordem de 55% nas compras da carne de frango, 67% da soja e 42% da carne suína para os próximos quatro anos. Para os Emirados Árabes Unidos poderemos, por exemplo, aumentar as exportações de frango. No Japão, vislumbramos grandes possibilidades para o vinho e para carnes suínas e bovinas, uma vez equacionados os entraves que ainda impedem a exportação de suínos catarinenses e mediante medidas qualificadoras de nossos processos sanitários, que podem, inclusive, no médio prazo, retirar a vacinação contra a aftosa. Estamos fazendo o dever de casa. Qualificando e ampliando os serviços de defesa sanitária animal e vegetal, desenvolvendo programas para o controle e erradicação da brucelose e da tuberculose e criando condições para estimular a irrigação como forma de aumentar a produção de grãos como o milho, fundamental para a ração animal e consequente redução de custos de produção. Precisamos, paralelamente, ampliar as prospecções, intensificar os contatos e buscar mais parcerias para colocar a produção gaúcha nestes nichos de mercado que pagam melhores preços para que aumente a renda do produtor e revitalize a nossa economia. *Luiz Fernando Mainardi é Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio Governo do Estado do Rio Grande do Sul
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