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Planejamento alimentar

30/06/2009
Planejamento alimentar Concentrado: 200 a 300 g/an/dia;elevando 100g/m até alcançar 1 kg/dia, em regra, 3% do p.v. de matéria seca e 10% de matéria verde. 6 Semanas: 1,5 a 2 kg feno/dia de concentrado Fornecimento de água e sal mineral a todas as categorias, à vontade. Observação: - Alimentação para gestação: é responsável pelo crescimento do feto e formação dos folículos responsáveis pela produção de lã; - Cordeiro - aleitamento: responsável pelo desenvolvimento dos folículos existentes; - Ovelhas em lactação: produção de leite e lã (Proteína) Considerando que os requerimentos nutricionais dos animais e as disponibilidades dos pastos variarem consideravelmente durante o ano, um bom esquema de manejo é aquele que é adequado aos períodos de maior necessidade alimentar dos animais (prenhez, lactação, crescimento) com os períodos de maior disponibilidade de pastos, todavia, isto depende das condições climáticas que varia muito a cada ano. Entretanto, o emprego de normas adequadas permite melhorar os principais parâmetros que caracterizam uma produção deficiente: - alta mortalidade dos cordeiros nascidos em relação ao número de ovelhas acasaladas; - pouco desenvolvimento dos animais na fase de crescimento; - baixa quantidade de lã produzida por animal e - alta porcentagem de lã de categoria inferior. Ao programar suas atividades, o produtor deve ter claros os seguintes aspectos que incidem diretamente na sua produção: - o momento de acasalar, sinalar e desmamar os cordeiros; - o momento de tosquiar; - o momento de dosificar, vacinar, banhar os animais e - quando selecionar os animais. Tem-se observado que a falta de conhecimento sobre alimentação, entre a maioria dos criadores, é um dos fatores que mais contribui para a baixa produtividade das diferentes espécies e pelo manejo inadequado dos rebanhos em diferentes épocas e em determinadas circunstâncias. Os nutrientes reconhecidos como essenciais são, geralmente, classificados de acordo com as propriedades químicas, físicas e biológicas em 6 grupos: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas. Necessidades nutricionais - Água: auxilia na dissolução ou suspensão de outros nutrientes; responsável pela conservação da forma do corpo e é vital no controle da temperatura corporal. Ela representa ao redor de 70% da composição do corpo do cordeiro, O ovino consome 1 -6 l/d. - Hidratos de carbono ou glicídios: os açúcares, o amido e a celulose são hidratos de carbono que apresentam quase a mesma composição química, mas difere no processo de digestão pelo organismo animal. O hidrato de carbono não contém N, que é o elemento característico das proteínas, por isso, são encontrados como E.N.N. (açúcares, amido, hemicelulose) a outra parte dos hidratos de carbono são chamados de fibra bruta (celulose e outros glicídios). O valor destas duas frações para os ovinos se apresenta sob dois aspectos: 1º- a parte fibrosa dá volume à ração, fator importante na alimentsação dos herbívoros; 2º- a fração dos hidratos de carbono solúveis funciona como fonte de energia de utilização imediata. - Proteínas: são formadas nas plantas pelo nitrogênio, fosfatos e outros sais obtidos do solo e combinadas com o carbono, oxigênio e hidrogênio. As proteínas que o ovino consome são quase exclusivamente de origem vegetal. As folhas e as sementes das plantas são fontes ricas em proteínas. A qualidade da proteína, nos ruminantes é sintetizada desde que receba materiais necessários, os diferentes aminoácidos, que são por sua vez formadores de proteínas. A principal função das proteínas é construir ou reparar os tecidos, que constituem os músculos, pele, órgãos internos, parte do tecido ósseo e nervoso. A lã é constituída por um composto protéico, a queratina. Os ovinos necessitam da proteína para o crescimento, reprodução, crescimento de 11, além da reposição de tecidos e fluidos do organismo. - Gorduras: possuem os mesmos elementos químicos que os hidratos de carbono, porém, com menor proporção de oxigênio. Nos vegetais, pastos, fenos e silagens, o termo gordura, não diz respeito a gordura, propriamente dita, mas também outras substâncias esteróis, ceras, fosfolipídios, clorofilas, carotenos e outros pigmentos vegetais. Nas sementes, porém, o seu conteúdo em gordura, representa gordura verdadeira. A função da gordura é destinada a produção de calor e energia. - Minerais: são indispensáveis para o animal e aumentam grandemente o valor da forragem. Os elementos minerais mais importantes geralmente contidos nos alimentos são; cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sódio, ferro, cobre, enxofre, iodo, zinco, cloro e cobalto. Destinam-se, no organismo animal a atender às seguintes finalidades: - formar os ossos e dar-lhes a necessária rigidez; - constituir uma parte dos músculos, células do sangue e lã; - integrar as substâncias solúveis que compõem a parte líquida do corpo; - estimular a absorção dos alimentos e preservar de decomposição os princípios orgânicos consumidos; - tonificar todos os sistemas do organismo animal, reforçando a resistência as doenças. A quantidade de minerais contidos nas plantas forrageiras será diretamente proporcional ao teor desses alimentos contidos no solo. - Vitaminas: importante para perfeito estado de saúde dos animais. Vitamina "A" - sintetizada pelo animal à partir do caroteno das plantas: deficiência; cegueira noturna, perda de apetite, aborto, natimorto, infecções respiratórias é importante na reprodução; fonte;- forragens verdes, principalmente fenos; Vitamina "K" - anti-hemorrágica, função: garantir a saúde dos vasos capilares. Os ruminantes a sintetizam no rúmen; Vitamina "D" - regula a assimilação do Ca e P, evitando o raquitismo. É sintetizada pela presença do sol; Vitamina "E" - importante na reprodução, está presente na maioria das forragens. A doença muscular branca em cordeiros é resultante de uma deficiência de vitamina E. Vitamina "C" - é sintetizada pela maioria dos animais, sua inclusão é necessária para os cordeiros recém-nascidos. Vitamina "B" - é sintetizado pelo rúmen do animaL O complexo B estimula o apetite, protege contra distúrbios nervosos e gastrointestinais e é essencial para a reprodução e lactação. Alimentos: Pastagens, Fenos e silagens, Palhadas e Concentrados Introdução Planejamento na forma de pastagens e preparo de alimentos complementares (rações e [ ] - concentrados); cuidados especiais com a sanidade do rebanho (vacinas, vermifugação e banhos sanitários), acompanhamento da cobertura, gestação e parto dos animais (assim como a sua desmama) e os preparativos para a tosquia e abate são os principais itens de manejo na ovinocultura. Alimentação: Os ovinos possuem a capacidade de aproveitar alimentos fibrosos e grosseiros como capins, ramos e palhas. Isto se deve à constituição do aparelho digestivo - características dos ruminantes quando apresentam o estômago muito desenvolvido e dividido em retículo, rúmen, omaso e abomaso. A capacidade de digestão e o aproveitamento de forragem, dependerão da eficiência de seu desempenho e da qualidade nutricional das forragens ou outros materiais fibrosos oferecidos como parte maior da dieta. Pesquisas realizadas em várias espécies ruminantes mostram que o ideal é o fornecimento mínimo de 50 a 70% da MS da dieta na forma de volumoso. Portanto, a alimentação dos ovinos deve ser feita basicamente à pasto, havendo necessidade de suplementação somente em situações especiais. O fornecimento excessivo de concentrado, também pode favorecer a ocorrência de problemas fisiopatológicos nos animais, tais como, timpanismo, cetose, enterotoxemia e diarréias. Hábito de pastejo: pasteja de preferência gramíneas, realizando corte uniforme e baixo nos vegetais, a medida que andam pela pastagem, já as raças deslanadas tendem a apresentar um comportamento semelhante ao dos caprinos, ingerindo uma quantia considerável de ramos e folhas fazendo um pastejo mais seletivo e menos uniforme. Outro aspecto importante do comportamento dos ovinos em pastagem é o fato de evitarem pasto alto (acima de sua altura). Nessa situação, o plantel tende a permanecer na periferia do posto, penetrando na pastagem somente após o rebaixamento do mesmo, através do pastejo ou pisoteio por bovinos ou roçadeiras. Forrageiras adequadas: Se for considerado o hábito de pastejo do ovino, de pastejo baixo, ou seja, colhe as forragens bem próximas ao solo, as forrageiras mais indicadas são; Pangola (Digitaria decumbens c. v. Pangola) , Estrela Africana (Cynodon plectastachyns), Pensacola (Paspalum notatum), Coast-Cross (Cynodon dactdon), e Quiquio (Penninsetun Clandestinum). Outras forrageiras podem ser utilizadas, desde que manejadas baixas, como; Capim de Rhodes (Chlorys Gayanus), Andropogon (Andropogon Gayanus) e algumas variedades de Panicum (Centauro, Tanzânia). Estas forrageiras são muito bem aceitas pelos ovinos e apresentam bom valor nutricional. Em regiões de clima ameno, pode-se fazer uso de forrageiras de inverno como a Aveia Preta (Avena Strígosa) ou o Azevém (Lolium Multzflorum), quando são anuais. A escolha das forrageiras utilizadas nos pastos se baseará nas características de clima e solo da região onde se localiza a propriedade, sendo interessante utilizar mais de uma espécie, este método garantirá maior variedade de nutrientes oferecidos, além de representar uma garantia adicional quanto á diminuição da ocorrência de pragas, doenças, intempéries climáticas, já que diversas forrageiras se comportam de maneira diferente diante das condições ambientais. O consórcio gramínea/leguminosa em pastagem para ovinos é um procedimento aconselhável, não só no âmbito da nutrição (eleva o nível de proteína da dieta) como também melhora a produtividade da pastagem, devido à capacidade das leguminosas, em fixar N atmosférico pelas bactérias (Rhizobium) que vivem em simbiose com suas raízes. Pastos-vegetação Sem uma boa alimentação, é inútil pensar-se em raças especializadas. Esta é necessária para a economia e o aperfeiçoamento de um rebanho, pois é sabido que as raças especializadas são conseguidas em boa parte, com os cuidados com a alimentação. Os ovinos preferem pastos rasteiros, vegetais baixos, forragens finas, macias, leguminosas, arbustos. Preferem lugares altos, descampados, secos e permeáveis. Fogem às umidades das baixadas, os campos de carrapichos. Escolhem campos abrigados dos fortes ventos por eucaliptos e outros arvoredos que lhes servem de proteção. Os ovinos produziram mais, recebendo boa alimentação. Daí ser necessário cultivar forrageiras de alto valor nutritivo. As pastagens devem ser racionalmente divididas, e o emprego de arame liso.Algumas forrageiras recomendadas: - Capim de Rhodes: muito utilizado na formação de pastagens; é bem aceito pelos ovinos tem bom valor nutritivo. - Trevo Branco: ótimo para a formação de pastagem, consorciado com outras forrageiras. Prefere solos argilosos, mas adapta-se a qualquer qualidade de terreno. - Grama Bermuda: a sua utilização para ovinos é grande, capim de crescimento rápido, boa cobertura do terreno, resistente ao pisoteio e a seca, muito rústica. Boa palatabilidade e valor nutricional. - Capim Quiquio: forma densos gramados, de folhas estreitas, colmos finos, enraíza com facilidade, resiste ao pisoteio, ao fogo e ao frio. - Aveia Perene: gramínea muito precoce, produtiva, resistente ao frio, adapta-se a diversos tipos de solos, não muito exigentes. E utilizada como forragem de inverno, podendo ser pastejo direto ou cortada para feno ou forragem verde. - Azevém: gramínea não exigente em solo, vegeta bem em locais de boa umidade (sem água estagnada). É bem aceita tanto no pastejo como fenada. Pode ser consorciada com frevo, alfafa. - Setária Anceps: resistente á seca, pouca exigência em solos, tolerante á geada (menor teor de oxalato), usada para pastejo ou fenação. - Centrozema pubescen; leguminosa, trepadeira, pouca resistência ao frio, geada, vegeta bem tanto em solos pobres como férteis, resistente à seca. Usada principalmente para pastoreio. Lotação e Manejo dos pastos: um dos aspectos mais importantes no manejo das pastagens é a determinação da carga animal que permanecerá no pasto. Considera-se a produtividade da forrageira utilizada em MS e o consumo médio diário de um animal adulto 3% PV em MS. A lotação pode ser estimada de 8 a 10 an./ha., sendo que este número poderá ser maior ou menor, conforme as condições ambientais. Aguadas: permanentes correntes; na ausência há necessidade de construção de bebedouros. Tranqüilidade: não é necessário recolhe-las à noite em abrigos, podendo ficar solta no campo. Deve ter abrigos para os ovinos se protegerem das grandes chuvas e ventos fortes (pode-se empregar bosques de eucaliptos). Evitar presença de cães, que são inimigos naturais. Sistema de pastejo Contínuo: diminui a necessidade de cerca e bebedouros e como desvantagem é o menor aproveitamento da forragem disponível; Rotacionado: melhor aproveitamento da forragem (controla a intensidade e a uniformidade de pastoreio), facilita o controle de verminose (o período de descanso diminui o nível de infestação de larvas sob a ação radiação solar e ventos). Períodos de descanso 35 a 42 dias. Sazonalidade de produção de pastagens: dependendo das condições climáticas de cada região estas determinarão duas estações definidas - chuva ou calor e seca com temperaturas baixas. Essas duas estações provocam, nas espécies forrageiras, um ritmo de crescimento bastante intenso na estação das águas em confronto com baixas taxas de crescimento no período seco. Esse problema poderá ser contornado com a utilização de fenos e silagens ou produção das forrageiras de inverno (como aveia, azevém ou centeio). Exigências Nutricionais As exigências nutricionais dos ovinos, em proteína, energia, minerais e vitaminas, variam em função de: Raça: as mais precoces e de grande porte, como as especializadas na produção de carne, em geral apresentam maior exigência nutricional que as produtoras de lã ou mistas. Já as raças deslanadas tendem a serem ainda menos exigentes; Idade: os animais mais jovens apresentam maiores exigências nutricionais , em razão do maior ritmo de crescimento; Categoria ou situação fisiológica: as exigências nutricionais variam significativamente conforme o estado fisiológico apresentado pelo animal. A gestação, particularmente, em seu 1/3 final, e a lactação, levam a um aumento dessas exigências. Animais doentes, em fase de tratamento e recuperação, exigem maiores cuidados nutricionais; Em criações extensivas onde os animais têm que percorrer grandes distâncias entre áreas de pastejo, cocho de sal ou bebedouros, as necessidades nutricionais, principalmente energéticas, tendem a ser maiores que as de animais em pastagens menores e mais produtivas. Em geral, os ovinos podem ser mantidos exclusivamente em regime de pasto, tendo sempre à disposição água e sal mineral à vontade. Em determinadas épocas do ano pode ser necessário o fornecimento de forragem conservada como complemento alimentar. Também são recomendáveis suplementares algumas categorias, como ovelhas no 1/3 final de gestação, e lactação, cordeiros desmamados e reprodutores em serviço. Alimentação de animais de Cabanha: a instalação é adotada para reprodutores e matrizes de alta linhagem, bem como animais que estão sendo preparados para exposição ou cordeiros (machos e fêmeas) destinados à venda para reprodução. Estes animais são mantidos na cabanha para que se possa dar uma alimentação mais adequada de modo que estas categorias manifestem todo o seu potencial genético. A alimentação destes animais pode ser feita basicamente de 2 formas; a primeira, com ração completa, ou seja, já com o volumoso incluído, ou fornecendo separadamente, o volumoso (capineira/feno) mais o concentrado. Na segunda opção, fornecimento de volumoso e concentrado, o volumoso (feno, capineiras ou silagem), deve estar sempre à disposição do animal e apresentar boa qualidade.
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